5/30/2010

Career Ladder

Career Ladder
[BY RICK MILLER]

CSCMP’s Supply Chain Quarterly [QUARTER 2/2008]                                        www.SupplyChainQuarterly.com

It seems like I’ve sent my résumé to at least 100 companies, but so far I’ve gotten no calls back. It can’t be my fault, can it? Am I doing something wrong?

DOES THAT SOUND FAMILIAR TO YOU? As a management recruiter, I hear this all the time: “I’ve sent my résumé out to so many potential employers, but I haven’t received any feedback.” Actually, there is plenty of feedback in the silent treatment you are getting; you just need to figure out what that message is.

There are several possible reasons for the lack of response, and there are several possible fixes some easy and some not so easy.

Reason #1: You’re sending your résumé to the wrong place. Where you send your résumé is probably the most important factor in the success of your job search. Are you sending it to a convenient but nameless human resources (HR) e-mail address (HR@blackhole.com)? Or are you sending it to the hiring manager? If you are sending to a generic e-mail address, you have to wonder: Is anyone reading it, or is it going nowhere? Odds are that sending résumés blindly to HR is a waste of time, and chances are slim to none that your phone will ring.

The fix: Contact the right person. Target a real person, not a company. What you really need is face time with the hiring manager. So if the company is advertising, you should respond to the ad but locate and contact the hiring manager, too. Use contacts like suppliers and clients, trade association directories, Google.com, Fortune.com—anything or anyone at your disposal. Take full advantage of how small and interconnected the supply chain community is. And if your contacts don’t pan out? Call the company’s receptionist and ask for information until you reach someone who can get you the right name.

Even if a company is not advertising, send your résumé to the hiring manager anyway, and then follow up with a phone call. Make something happen!

For smaller companies, contact the owners directly. Don’t be afraid to call and ask for the name of the president, the logistics manager, or someone else in charge. Then send that person an e-mail or mail your résumé to that individual’s attention. Be sure to follow up again with a phone call.

Sending your résumé to management recruiters can be helpful too, depending on what kind of active searches they have. Be forewarned, however: Although recruiters usually will look at your résumé, they may only spend a few seconds on it. But they can be key allies when you are a good fit for one of their clients.

Reason #2: HR is overwhelmed. When human resources managers run an ad for a position—especially on a popular Internet job board like monster.com—they get bombarded with an overwhelming number of responses, many of them automatically generated by programs that look for job postings by key words like “transportation.” As a result, the responses may include a high ratio of unqualified candidates, such as bus drivers, pizza delivery boys, and customer service representatives from overseas.

HR professionals can be valuable in screening out inappropriate résumés. But the fact is, they may not fully understand the logistics or supply chain positions they are trying to fill.

At any given time, HR managers may handle dozens of job openings. If they don’t understand the position you’re applying for, but they do understand the sales or customer service opening, which one do you think they’ll work on first? Plus, they are likely to be cautious about sending candidates to the hiring manager if they aren’t sure about how well a candidate fits the position. They may well believe that it’s better to hold back that résumé than to be embarrassed when the hiring manager complains about receiving a bad match.

The fix: Make it easy on them. Anything you can do to make human resources professionals’ jobs easier will work in your favor. For example, be sure to answer all of the questions on an application. If you don’t provide an answer, they may consider you to be uncooperative or unable to follow directions, and they’ll move on to the next applicant. You can also keep your cover letter and résumé short and to the point, addressing the specific requirements of the job posting in clear, concise language.

Reason #3: You’re failing the key-word test. Some of the human resources departments at large companies use software to scan résumés for the key words that were included in job descriptions. If you’re applying to a very large company, then the odds are pretty good that the recipient of that résumé you labored over all weekend will simply scan for key words and will not actually read it.

The fix: Customize your résumé. The biggest companies have databases of literally tens of thousands of résumés, so you need to make yours easy to find. To be sure your résumé gets past the automated screening, it is important that you include the same trade buzzwords that appeared in the ad. It’s so important, in fact, that you should customize your résumé to some degree for each job description or at least for each type of job you apply for.

Another strategy is to “massage” your job title. Isn’t that résumé fraud? No, just clever marketing. Suppose your title is supply chain manager but you also are responsible for export compliance—and you are applying for an export compliance position. If your résumé says “supply chain/export compliance manager” it will increase the odds that you will be considered. But never exaggerate your rank. Don’t say you’re a director if you’re really a manager.

Finally, don’t lose hope. Like anything else in life, your success will depend on tenacious dedication to your mission as well as good timing and a bit of luck.

Send your résumé to every company you possibly can.

Try out some of these strategies, and you may hear your phone ring after all.

RICK MILLER IS THE DIRECTOR—TRADE COMPLIANCE RECRUITMENT AT TYLER SEARCH CONSULTANTS. HE MAY BE REACHED AT RMILLER@TYLERSEARCH.COM.

Posted on 30th., May 2010

Visto americano volta a ser de 10 anos

Taxa de solicitação vai subir de US$ 131 para US$ 140, mas adicionais para viagens acadêmicas e de negócios não serão mais cobrados

28 de maio de 2010 0h 00

Damaris Giuliana - O Estado de S.Paulo

Brasil e Estados Unidos voltam, a partir de hoje, a emitir vistos com validade de dez anos para viagens de turismo e negócios. As taxas adicionais para obtenção de vistos de negócios, estudante, intercambista e professor visitante serão eliminadas. Entretanto, a partir de 4 de junho, o valor pago para a solicitação de vistos será reajustado - o de turista passa de US$ 131 para US$ 140.

De acordo com o Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, os valores passarão a ser escalonados por tipo de visto (veja a tabela ao lado). As taxas adicionais para categorias como trabalhador temporário e jornalista foram mantidas. O custo de agendamento de entrevista continua R$ 38, independente do tipo de visto a ser solicitado.

Para o superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, a medida é positiva. "Isso ajuda nos negócios. Tem efeito até psicológico, mas o impacto maior deve ser sentido no turismo", avalia. Segundo ele, a redução do período para cinco anos, imposta em 2003, associada às grandes filas nos consulados, desestimularam as viagens para os Estados Unidos.

Facilidades. Em abril, a Embaixada americana já havia anunciado modificações para simplificar o processo de obtenção de vistos e reduzir o tempo de espera nas filas.

Agora, é preciso preencher apenas um formulário eletrônico, no mínimo dois dias antes da entrevista. O documento é todo escrito em inglês, mas a tradução para português aparece automaticamente na tela quando o solicitante passa o cursor em cima da instrução. Após o preenchimento, deve-se imprimir a página de confirmação que contém o código de barras e levar no dia da entrevista. Também é exigida uma fotografia do candidato enviada eletronicamente.

O Consulado americano em São Paulo não permite a entrada com celulares, pen drives, iPods e similares eletrônicos.

Pagar a diferença. A admnistradora de Marketing Marcela Lin, de 26 anos, planeja a viagem de lua de mel para outubro e comemora a medida. "Acho justo valer por dez anos porque uma viagem internacional é cara e voltar em cinco anos é difícil."

Ela já pagou as taxas, mas sua entrevista foi agendada para o dia 21. Por isso, terá de arcar com a diferença de US$ 9 referente à nova tabela. Até 25 de junho, das 7 às 13 horas, haverá um caixa do Citibank dentro do Consulado para receber esses valores em dinheiro. "Mas vou tentar acertar antes para não ter problema."

Custo básico
US$ 140
Negócios, turismo, trânsito, tripulantes, estudante acadêmico, intercâmbio, meios de comunicação e estudante vocacional

US$ 150
Trainees e trabalhos temporários, transferências de uma mesma empresa, estrangeiros com habilidades extraordinárias, atletas, artistas, intercâmbio cultural e profissionais religiosos

US$ 350
Noivo/noiva de americanos

Fonte: Estadão.

Postado em 30.05.2010

Qual a sistemática de compensação...

Qual a sistemática de compensação de que trata o artigo 74, da Lei nº. 9.430/96?
Renata Martinez...
Extraído de: Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes.

Constatando o sujeito passivo a existência de crédito a seu favor, deve entregar declaração de compensação à Administração e automaticamente realizar a compensação. Tal compensação denomina-se precária, pois está sujeita a homologação pela Administração no prazo de 5 anos, a contar da data da entrega da declaração. Verificando-se corretos crédito e débito, a compensação é homologada e o crédito tributário é extinto. Por outro lado, observados incorretos os dados da declaração, não há homologação e por conseguinte não há compensação; e a Administração notifica o sujeito passivo a pagar o tributo devido no prazo de 30 dias.

Art. 74, Lei 9.430/96 O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.

Fonte : Aula 04 da Disciplina Direito Tributário do Curso de Pós-graduação em Direito Público de 16.04.10 Universidade Ahanguera Uniderp

Postado em 30.05.2010


Autor: Renata Martinez de Almeida

Reforma tributária ficará para o próximo presidente

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva pode terminar sem que tenha sido aprovada a reforma tributária. Assim, Lula terá sido o quarto presidente, em sete mandatos, a ser derrotado pela resistência do sistema de impostos e contribuições brasileiro estabelecido na Constituição de 1988. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As chances de promover ampla reforma no tributo considerado mais problemático, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de competência dos Estados, são reduzidas, na avaliação de especialistas. "A reforma não sai se não houver uma garantia muito firme de que não haverá perdas nos Estados", afirmou o secretário de Fazenda de Minas Gerais, Simão Cirineu. Para o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, reformar radicalmente o ICMS é um problema que não tem solução, pois os governadores não abrirão mão de receitas nem do poder de criar políticas por meio da tributação. "O conflito central é federativo, não é algo que se resolva nesta encarnação."

Harmonizar a legislação do ICMS é o centro de todas as propostas de reforma tributária que foram enviadas ao Congresso Nacional desde 1988. Os três principais pré-candidatos à Presidência da República - Marina Silva (PV), Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) - defendem a reforma tributária.

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, o futuro presidente terá chances de avançar com a reforma se propuser a alteração logo no início do mandato, utilizando o capital político da eleição, e se construir uma proposta que reconheça as dificuldades que o federalismo impõe. "A vantagem é que temos muitas coisas já testadas e não começaremos de uma base inteiramente nova", afirmou Monteiro."


Fonte: Conjur
 
Postado em 30.05.2010

5/23/2010

Judiciário não tem como competir com arbitragem

Por Geiza Martins e Lilian Matsuura

Impossível falar em arbitragem sem mencionar grandes números. No Brasil, um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas revelou que a arbitragem brasileira bateu seus próprios recordes em 2009. Os valores envolvidos em decisões por esse método quase triplicaram, passando de R$ 867 milhões, em 2008, para R$ 2,4 bilhões. O número de casos quase dobrou, passando de 77 procedimentos em 2008 para 134 no ano passado.

Neste domingo (23/5), no Rio de Janeiro, tem início a Conferência do Conselho Internacional de Arbitragem Comercial (ICCA, sigla da designação em inglês) , com o tema Desafio para a Prática de Arbitragem em Tempos de Mudança. É a primeira vez que o Brasil sedia o evento. A escolha não foi por acaso. De acordo com o ranking da Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (CCI), o Brasil é o líder regional em partes envolvidas em procedimentos arbitrais.

“A arbitragem está instituída e arraigada no Brasil. O número de procedimentos e valores só tende a crescer”. A afirmação é do advogado Carlos Nehring Netto, um dos primeiros brasileiros a ingressar na CCI. Membro da ICCA desde 1987, sua história com a arbitragem começa nos anos 1970, época em que mantinha um escritório em Paris, cidade sede da CCI. Lá foi convidado pela primeira vez para participar de uma arbitragem. “O presidente da CCI me perguntou se eu sabia o que é arbitragem. Eu não sabia, não ensinavam nas faculdades, tive que aprender”. Nos primeiros casos, ficou apenas assistindo. Até pegar seu primeiro procedimento como advogado por uma empresa brasileira.

O advogado aponta a área da construção civil como a maior fonte de arbitragem em todo o mundo. “Devido à complexidade da coisa. Qualquer defeitinho numa construção pode traduzir efeitos e consequências mirabolantes”, explicou.

Uma das mudanças que destaca é a redução do fator “confidencialidade”. “Na nossa lei, há tantas hipóteses para as partes recorrerem à Justiça comum que a confidencialidade fica comprometida. Por outro lado a publicação de decisões arbitrais é desejada por todos para podermos se socorrer de jurisprudência”, comentou.

Carlos Nehring é bacharel em Direito. Desde 1967, exerce a advocacia por conta própria, juntamente com dois sócios, no escritório Nehring e Associados – Advocacia. É autor de diversos artigos sobre Arbitragem, publicados na imprensa especializada nacional e internacional. Nessa entrevista à ConJur, Nehring fala sobre assuntos ligados ao método como corrupção, a influência do setor econômico, os cuidados de um árbrito e os casos mais comuns de processos envolvendo arbitragem no Brasil e no mundo.

Leia a entrevista

ConJur — De 2005 para cá, houve um grande aumento em número de procedimentos de arbitragem. O valor foi de 2,4 bilhões em 2009. O crescimento do ano passado pode ter tido uma relação com a crise econômica?
Carlos Nehring — Na época em que eu fui membro da Corte de Arbitragem da CCI, a entrada de casos era cerca de um por dia. Hoje, entra mais de dois por dia. Mas isso é apenas a evolução natural. É claro que alguns casos se devem à crise, porque o problema econômico surge, e consequentemente, a qualidade do trabalho pode ser afetada e é natural que surjam problemas que não se pode prever. Agora, o mundo tem tanta obra, progresso e investimento acontecendo que é fatal que os problemas vão crescer também.

ConJur — É correto dizer que o crescimento da arbitragem depende de como está a economia?
Carlos Nehring — Sim. Num escritório de advocacia, você chama os anos positivos de pastas verdes, cor da esperança. E tem também os anos de crise, nos anos de crise, você tem as pastas vermelhas, porque também vai ter o mesmo número de acontecimentos que tenham que terminar na Justiça, ou coisa parecida.

ConJur — Vieram mais investimentos estrangeiros para o Brasil depois que passamos a fazer parte da Convençaõ de Nova York [tratado internacional sobre arbitragem assinado por 140 países, entre eles o Brasil]?
Carlos Nehring — Não, viria de qualquer forma. A forma de resolução do conflito ajuda, claro, entusiasma ou encoraja o empreendedor a vir, mas ele viria de qualquer maneira para o Brasil, querendo ou não querendo, qualquer que seja o momento.

ConJur — A arbitragem é só para grandes empresas e grandes causas, ou ela pode ser usada, por exemplo, na área trabalhista?
Carlos Nehring — Para manter uma instituição arbitral tem que ter um certo mínimo qualitativo e quantitativo que te obriga a ter realmente uma estrutura que custa alguma coisa. E para isso, o orçamento deve estar muito mais ajustado aos grandes conflitos do que aos pequenos. Na CCI, um processo de US$ 20 mil, US$ 30 mil é impensável. O custo dela por caso é do milhão para cima ou qualquer coisa assim. A grande arbitragem é causa grande.

ConJur — A disseminação da arbitragem lá fora também ocorre porque a Justiça é lenta?
Carlos Nehring — Eu tive um escritório fora do país. Não vou dizer que a demora seja tão grande como no Brasil. O juiz estatal não tem tempo útil. Por mais que conheça do direito societário para resolver um problema, ele tem dois dias de audiência para ouvir todo mundo que lá está. Nos Estados Unidos pode ser que seja um pouco melhor, mas há sempre uma pressão de tempo atrás do juiz estatal. Ele tem deveres que ultrapassam o tempo de trabalho dele. Já vi sentença de mil e duzentas páginas. Certa vez, fui chamado como testemunha em Direito brasileiro, um expert witness, no EUA. Os autos desse processo ocupavam uma parede de quatro metros. A audiência foi de sete dias corridos com 52 testemunhas. Duas apenas falaram sobre o Direito brasileiro e 50 falaram dos aspectos técnicos do problema. Não há justiça estatal que possa competir com isso.

ConJur — Mesmo se houvesse varas especializadas, juízes especializados?
Carlos Nehring — Falta tempo, necessariamente. Pode e deve haver especialização. Se você tem juízes de vara de família é porque vai tratar de negócios de separação, talvez até de direito sucessório. Mas e daí? A sala deles está sempre atolada de procedimentos.

ConJur — A qualidade não vai ser a mesma?
Carlos Nehring — Não pode. Não dá. Não digo que não haja brilhantes atuações na segunda instância ou nas instâncias ainda superiores à corte de apelação. Mas a base não nasceu perfeita.

ConJur — Como se faz uma cláusula arbitral? O que é levado em conta?
Carlos Nehring — Você tem cláusulas modelo que as instituições de arbitragem recomendam. Elas são universais. Muda um termo, muda a língua, muda um adjetivo, mas elas são todas parecidas. E preferem ser como a Constituição americana, ou seja, uma coisa curta, enxuta, que apenas anuncia que haverá uma arbitragem. Agora, quando você analisa um contrato que vai ser assinado deve-se fazer algo harmônico e que represente os interesses postos na mesa por ambas as partes. Aí vai mais ao detalhe, pode escrever uma cláusula arbitral de três páginas. Não há problema. É só você imaginar tudo o que pode acontecer no conflito.

ConJur — Um advogado precavido já não vai fazer a sua defesa previamente na hora de redigir o contrato?
Carlos Nehring — O recomendável seria sempre fazer isso. Mas nem sempre a gente quer discutir um problema teórico. Você naquele momento supõe que não vá existir problema. Por exemplo, você é um banco, você vai emprestar dinheiro a alguém. Você exigiu garantias para o recebimento futuro do seu principal, dos juros, acessórios, tudo que você possa prever. Será que vale a pena escrever muita coisa em uma clausula arbitral ou simplesmente dizer: "Ah, a lei do estado de Alabama vai prevalecer e eu vou fazer esta arbitragem sobre a égide dela? Em um negócio de empréstimo é tudo tão simples". Agora, amanhã você vai construir a barragem de Belo Monte. Meu Deus! Deve haver milhões de fatores a serem decididos. Você pode até em um contrato dessa natureza somente certas matérias são sujeitas a arbitragem, outra não. Tudo isso depende realmente não só dos personagens do drama como da circunstância em que você está criando numa clausula arbitral. Fica meio ao critério dos advogados das partes na feitura do contrato.

ConJur — O senhor acha necessária a lista de árbitros que existe em algumas câmaras?
Carlos Nehring — Não concordo que haja necessidade de ter uma lista de árbitros. Se a arbitragem está sujeita à autonomia e à vontade das partes, não deveria ser exigível que algum árbitro tenha que ser sócio do clube. A CCI, por exemplo, não tem uma lista. Quando é chamada para nomear alguém, pede indicação ao comitê do país das pessoas a serem recomendadas. Se o conflito for entre partes de países diferentes, o presidente deveria idealmente ser de um país neutro. Uma exceção conhecida do Brasil e aceitável é a da Câmara Brasil-Canadá. Ela tem uma lista. E é dessa lista que ela exige pelo regulamento que seja escolhido o presidente do tribunal. Isso pode ser interpretado como restritivo, mas também como selo de qualidade. Ela quer assegurar qualidade ao indicar árbitros que figuram na lista dela. Mas, o mundo arbitral não é muito grande. A gente se conhece, todo mundo se conhece. E, se você sair da linha, passa para uma lista negra, em vez de uma lista branca.

ConJur — O senhor já testemunhou algum caso de corrupção em arbitragem?
Carlos Nehring — Corrupção é uma coisa que eu acho que não entra na arbitragem. Se entrar, o árbitro ou quem quer que seja está excluído no dia seguinte. Percebe-se. Fica-se sabendo. A pessoa que se presta a ser árbitro fica sob suspeita às vezes racional, às vezes justa, às vezes até irracional, injusta. Conheço casos em que se percebe que ali houve alguma coisa estranha.

ConJur — Mas o que ficou decidido permanece, mesmo estando o árbitro sob suspeita?
Carlos Nehring — Ah sim. A menos que você tenha prova. Se tiver a prova da corrupção na sua mão, se tiver a fotografia, imagem na televisão do árbitro botando dinheiro na meia, aí você pode derrubá-lo.

ConJur — Já aconteceu alguma vez de um árbitro ser derrubado por corrupção?
Carlos Nehring — Uma vez, na Europa, houve um tribunal arbitral composto de três pessoas, uma delas era uma mulher que chamava a atenção por sua beleza. O advogado da parte que tinha nomeado a senhora como árbitro também era um cidadão muito boa pinta. E o advogado da outra parte sentiu alguma coisa. Ele colocou um detetive que filmou em um motel a entrada da senhora no quarto daquele senhor numa determinada noite. Com este filme, houve a impugnação e a anulação da arbitragem porque o voto teria sido proferido por quem não podia proferir. Em compensação, em outros países, é bem conhecida a história de um de nós, árbitros, que um dia desembarcou num país árabe qualquer e foi direto para a prisão, devolvido diretamente para o país de origem. Quer dizer, impediram esse árbitro, que ia participar de um tribunal arbitral para decidir um certo conflito. Criaram um impedimento físico. Isso acontece.

ConJur — Como evitar esse tipo de pendências com os árbitros?
Carlos Nehring — Quando se é nomeado árbitro você tem que se perguntar: eu já trabalhei para este cidadão ou para este grupo? Eu já o defendi em alguma causa? Eu já fiz um parecer para esta companhia no passado? Depois de todas as respostas negativas, você é um cidadão independente, o público está convencido que você é um cidadão imparcial. Então, você reúne as qualidades para ser e aceitar a função de árbitro. No termo de independência, é melhor relatar qualquer coisa, do que esconder. Há advogado, que não reconhecendo os méritos da arbitragem, quando sente que o vento está tocando em uma direção que não lhe agrada, começa a criar problemas em relação ao árbitro. Em certos momentos, cria uma tal animosidade que o árbitro não tem outro remédio senão o de renunciar. Isso é um mal que se faz contra o instituto da arbitragem.

ConJur — Na prática, como age o advogado mal intencionado?
Carlos Nehring — Ele acusa de tudo que você imaginar, de partidarismo até corrupção. Faz suposição de que o árbitro está vendido à outra parte. E aí, destrói o andamento da arbitragem. Isso me incomoda. A nossa lei podia fazer com que o juiz estatal penalizasse em pecúnia essa manobra toda, não propriamente ao advogado, mas à parte que ele está defendendo.

Fonte: Conjur

Postado em 23.05.2010

5/16/2010

Governo oficializa banda larga mas plano ainda é contestado

Wilian Miron

SÃO PAULO - O decreto que criou o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) traz dois pontos divergentes para as empresas. Por um lado, elas viram atendido o pedido de que a Telebrás ofereça internet rápida apenas no atacado, gerindo as redes de fibra ótica do governo federal, com a oferta prioritária ao acesso e ao transporte de dados para a internet de alta velocidade às empresas privadas. Por outro lado, no entanto, a falta de clareza na questão de a estatal oferecer banda larga ao consumidor final em áreas onde "inexiste oferta adequada do serviço" pode preocupar as operadoras, que temem uma concorrência desigual pelo fato de a Telebrás ser ligada ao governo.

Pelo decreto, publicado ontem no Diário Oficial da União, os objetivos do plano serão: acelerar o desenvolvimento econômico e social e reduzir desigualdades; promover geração de renda e emprego e inclusão digital no Brasil. O governo aposta ainda no programa para ampliar os serviços de governo eletrônico e aumentar autonomia a tecnológica e a competitividade brasileiras.

Outra ação do governo para implantar as medidas que devem levar internet rápida a mais de 100 municípios foi a aprovação de Rogério Santana para ser o novo presidente da gestora do plano, divulgada na quarta-feira pelo Conselho de Administração da estatal. Durante o anúncio, Santana comentou o temor das operadoras da possibilidade de desigualdade na competição com a Telebrás. "Esta é uma companhia aberta, vai ter de seguir todos os procedimentos de uma empresa de capital aberto e ter uma postura de transparência", disse o executivo.

Durante toda a semana, as operadoras apertaram o cerco em torno da forma como a estatal atuará no PNBL, assunto amplamente discutido pelas empresas, que temiam um monopólio estatal no mercado de banda larga, ou favorecimento à Oi, por conta da manifestação da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, que disse ver na Oi uma parceira especial na oferta da banda larga popular.

Como publicado ontem pelo DCI, para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) Eduardo Levy, é essencial que a reativação da estatal siga os meios legais, com o cumprimento das etapas e formalidades, sem que a empresa tenha algum privilégio perante operadoras privadas. "É necessário atender todas as exigências da Lei Geral de Telecomunicações", afirmou.

Técnicos
Se as empresas questionam a questão da concorrência, especialistas no setor veem na proposta governamental uma brecha técnica, provocada principalmente pela falta de clareza também com relação aos investimentos em infraestrutura.

Para o engenheiro de Telecomunicações do Portal Teleco Eduardo Tude, as propostas apresentadas para o plano são tímidas e refletem que o projeto visa apenas à solução das necessidades de curto prazo. "Deveriam ter considerado o passo que o País precisa dar neste sentido", disse o especialista.

Sobre a questão de o PNBL atender à demanda pelo serviço de internet de alta velocidade no Brasil, Tude afirma que é necessário aumentar os investimentos na construção das redes de fibra ótica e enfocar não apenas o preço final do serviço, mas a qualidade e a velocidade com que será ofertado. "Se você quer fazer barato, coloca internet discada para todo mundo", disse o engenheiro.

Resultado
Com os resultados da Brasil Telecom, adquirida em janeiro do ano passado pela Oi, considerada pelo governo federal "uma parceira especial" no Plano Nacional de Banda Larga, a operadora carioca registrou lucro líquido de R$ 496 milhões, contra R$ 11 milhões registrados no mesmo período de 2009. A receita bruta consolidada da empresa subiu 2,7% em comparação com os primeiros três meses do ano passado e chegou a R$ 11,5 bilhões. Já a receita líquida consolidada atingiu R$ 7,5 bilhões no período.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado da Oi alcançou R$ 2,53 bilhões, com alta de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda da companhia no período foi de 33,9%, contra 31,7% registrados nos primeiros três meses de 2009.

Segundo a empresa, o resultado foi determinado principalmente pela redução de custos e despesas operacionais obtida com os ganhos de sinergia a partir da conclusão do plano de integração com a Brasil Telecom.

Segundo a empresa, de março do ano passado a março deste ano, a companhia conquistou 4,6 milhões de novos clientes e encerrou o período com 62,2 milhões de usuários: 21,1 milhões são de telefonia fixa, 36,6 milhões, da telefonia móvel, 4,3 milhões, da banda larga fixa e 283 mil usam televisão por assinatura.

Fonte: DCI
 
Postado em 16.05.2010

Foreign Companies Chafe at China’s Restrictions

By KEITH BRADSHER

Foreign executives in China find themselves increasingly at odds with Chinese officials over these measures, which Westerners view as protectionist and intended to give an edge to Chinese companies. Surveys by Western chambers of commerce of executives show growing disenchantment over the past year and a sense that doing business in China, never easy, is growing harder.

Arriving in Hong Kong on Sunday evening at the start of a nine-day trade mission to China, including stops in Shanghai and Beijing, the American commerce secretary, Gary Locke, said that his agenda for discussions with Chinese officials included Western companies’ difficulties in the Chinese market.

“There are some policies of the Chinese government that many countries have raised concerns about, including the United States,” Mr. Locke said at a press conference at Hong Kong International Airport.

In January, when the Chinese government overhauled procurement rules to encourage more competition, including from foreign companies, Beijing officials exempted all public works projects, which account for half of government procurement. Contracts involving state secrets or business secrets are reserved for Chinese companies, and Chinese bureaucrats have been given broad latitude to exclude companies with foreign owners even if the company has been set up in China and has all of its operations in the country.

The trend toward favoring Chinese-owned companies, Chinese and Western executives and economists say, has been driven by a powerful combination of economic nationalism and an evolving blend of capitalism and socialism. Partly state-owned corporations, armed with lobbyists, have gained considerable influence over the state. Many Chinese executives are former party cadre members whose primary concern now is making a profit, not balancing long-term international policy considerations.

This has many multinational executives deeply worried. They say severe recessions and the near collapse of banking systems in many Western countries a year ago, coupled with China’s relatively robust economic performance, have persuaded Chinese policy makers that Western policies of free trade and open markets do not work as well as previously thought, and that new industrial policies are worth trying.

“They say, ‘Don’t show us broken models; we’re looking for a completely different way,’ and you see a much greater willingness to experiment with completely untested policies,” said a senior executive at a multinational who insisted on anonymity for fear of retaliation by Chinese regulators.

With China already struggling to limit an influx of cash that threatens to push up the value of China’s currency against the dollar, the Chinese government has much less incentive these days to welcome foreign investment.

As foreign companies step up their complaints, the Chinese government has already begun responding on a few issues.

In mid-April, the government announced a more open policy toward foreign investment in a few high-tech industries and in some less prosperous regions. It also paused a plan to give preference in government procurement to products using intellectual property first registered in China. Mr. Locke said that the plan remained a concern.

Chinese leaders are also becoming worried that China’s restrictions on other countries’ exports and overseas investments might set an international precedent for limiting China’s own overseas expansion, at a time when China has emerged as the world’s largest exporter and when Chinese companies are making more international acquisitions. Chinese leaders have gone out of their way in recent days to reassure multinationals.

“We will endeavor to create a level playing field for all market players, foreign and Chinese enterprises alike,” Premier Wen Jiabao said.

Despite these signs of a softening stance, many barriers remain.

The Chinese government has become quick to accuse other nations of dumping, or selling goods for less than it cost to produce them. China started 19 anti-dumping cases last year.

China has been a strong critic of anti-dumping cases elsewhere that limit Chinese exports. Yet China tied the United States last year as the third-biggest initiator of anti-dumping cases, according to statistics gathered by international agencies. China and the United States trailed India and Argentina, but each started more anti-dumping cases than the European Union.

When China joined the World Trade Organization in 2001, it promised to sign as soon as possible the W.T.O.’s agreement banning discrimination against foreign companies in government procurement. Most industrialized countries have signed the agreement. But China has never actually accepted it, leaving the nation free to adopt “buy Chinese” policies that allow government agencies to favor Chinese-owned companies when they award contracts.

(Page 2 of 2)

In sectors like green technology, Chinese companies’ advantages are clear. State-controlled banks are providing generous loans at near-zero interest rates to Chinese-owned companies that manufacture clean energy equipment like solar panels. And foreign-owned companies that set up wind farms in China have been banned from selling carbon-emissions credits to businesses in Europe, denying these companies millions in revenue even as Chinese-owned companies with wind farms are allowed to sell the credits.

Analysts point to a surge of economic nationalism across China, and not just inside government ministries, after China’s heady success in the face of the global downturn.

China’s commerce ministry, for instance, had a cool but not especially confrontational initial response last autumn to President Obama’s imposition of tariffs on tires. But after a weekend of furious exchanges on Chinese Internet chat rooms and suggestions that the Chinese government was not standing up to the United States, the commerce ministry issued a blistering statement describing its plans to investigate automotive and chicken imports.

Changes in the way the Communist Party operates have also fueled the pro-China measures. Starting with the military in the late 1990s, and gradually expanding to other industries since then, the party has gradually forced its members to choose: they can be military officers or ministry officials, or they can run companies, but they are discouraged from holding government and corporate jobs at the same time.

This shift has meant that corporate executives, often former government officials or military officers who have turned into capitalists, have more of a stake in maximizing their company’s profits.

Corporate influence is increasingly apparent. Office buildings near important ministries in Beijing are stuffed with lobbyists. They are usually on the staff of big corporations, as opposed to independent lobbying firms of the sort that populate K Street in Washington.

Corporate executives in China now speak openly of giving instructions to their lobbyists in Beijing when they do not like a policy. When the commerce ministry started its investigation last autumn of American automotive and chicken exports, the ministry said that it was acting at the request of the industries’ rivals in China.

China has been particularly aggressive in using its position as the world’s dominant exporter of some raw materials to force multinationals to move production to China.

Sergio Iorio, the chief executive of an Italian chemical company, remembers vividly when a weeping Chinese mine owner called him in Genoa two years ago. The Chinese government had imposed a prohibitive export tax that, in a single night, quadrupled the price of yellow phosphorus, a crucial raw material for more than 2,000 phosphorus-based chemicals.

“I was seated, or I would have fallen down,” Mr. Iorio recalled.

But Beijing officials provided a loophole: if Mr. Iorio’s company, Italmatch Chemicals, manufactured its chemicals in China, they could be exported without the tax.

China has gradually lowered the export tax on yellow phosphorus since then. But Italmatch and other chemical companies are still responding by rushing to expand production in China.

“We don’t know if and when this can happen again,” Mr. Iorio said.

Source: The New York Times

Posted on 16, May 2010

5/06/2010

Pacote de exportação será levado à justiça

SÃO PAULO - O pacote de medidas anunciado ontem pelo governo para incentivar as exportações é, na avaliação das empresas, uma tentativa de tentar reverter as perdas externas. No entanto, a indústria recebeu o pacote com ceticismo, e vai contestar pelo menos uma dessas iniciativas na justiça. Uma das principais medidas anunciadas pelo governo é a criação de um Fundo Garantidor de Comércio Exterior (FGCE), que terá um aporte inicial de R$ 7 bilhões e servirá para garantir operações de crédito a exportação.

“O FGCE terá juros de 7% ao ano para contratos até 30 de junho; depois passam a ser de 8%”, explicou o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O fundo será gerido pelo banco de fomento, e terá recursos do Tesouro.

Coutinho informou que toda avaliação de risco do FGCE será efetuada pela área de crédito do BNDES. Foi anunciada ontem também a criação de um banco para financiar as operações de comércio exterior brasileiras, Ex-im Brasil. Este banco será ligado ao BNDES, que operará com uma carteira de US$ 13 bilhões. Segundo Coutinho, há US$ 20 bilhões de operações em análise para os próximos anos. “As operações de comércio exterior do BNDES serão transferidas ao Ex-im Brasil.”

O governo anunciou também a devolução de 50% de créditos tributários acumulados por empresas exportadoras em até 30 dias. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prepara uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra esta medida. Segundo o diretor do Departamento de Comércio Exterior, Roberto Giannetti, “o governo reconhece o direito do exportador a crédito tributário, mas faz essa restituição de forma dividida e sujeita a arbitrariedade fiscal”.

Fonte: DCI, publicado em 06.05.2010
 
Postado em 06.05.2010

STF julga prazo para recuperar impostos

Extraído de: Conselho Federal de Contabilidade

Luiza de Carvalho, de Brasília

Os contribuintes estão vencendo o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de aplicação retroativa da Lei Complementar (LC)nº 118, de 2005. A norma reduziu para cinco anos o prazo para os contribuintes pleitearem a restituição de valores pagos indevidamente ao Fisco, por meio das chamadas ações de repetição de indébito. Até então, o prazo era de dez anos, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Diante de um placar favorável aos contribuintes - cinco votos a quatro -, a Corte decidiu adiar o desfecho do processo.

Após o último voto, apresentado pelo presidente Cezar Peluso, o Supremo se deparou com uma situação curiosa. A Corte precisa de seis votos para declarar uma lei inconstitucional. Ou seja, mesmo com o placar de 5 a 4 para os contribuintes, o Fisco venceria. Para solucionar o problema, o ministro Eros Grau, que não participava do julgamento, foi chamado às pressas ao plenário e pediu vista dos autos. Além dele, o ministro Joaquim Barbosa, que também estava ausente, poderá votar na próxima semana.

Antes da edição da Lei Complementar 118, os ministros do STJ haviam pacificado o entendimento pela aplicação da tese dos "cinco mais cinco anos" que, na prática, fazia com que o direito de ajuizar uma ação prescrevesse somente após dez anos do pagamento do tributo. Em 2005, a lei complementar reduziu esse prazo para cinco anos. O STJ decidiu pela inconstitucionalidade de um dos artigos da lei, que previa sua aplicação retroativa. Com isso, a Corte impediu que o prazo reduzido fosse aplicado nas ações que já estavam em curso quando a lei entrou em vigor, o que faria com que milhares delas fossem consideradas prescritas. O STJ determinou ainda uma regra de transição para a lei - até 2010, ainda valeria o prazo de dez anos.

Agora, a matéria está sendo analisada pelo Supremo. Os ministro do STF julgaram ontem um recurso ajuizado pela Fazenda Nacional contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região contra a retroatividade da lei. De acordo com o procurador da Fazenda Fabrício de Albuquerque, a lei reafirmou a segurança jurídica em meio a decisões anteriores conflitantes. "Apesar das decisões do STJ, não podíamos dizer que havia uma interpretação única e pacificada", diz Albuquerque. Já na opinião do advogado Março André Dunley Gomes, que representa o contribuinte no processo, além de atingir diversas ações em curso, o artigo 3º da LC 118 abriu a possibilidade para a Fazenda ajuizar ações rescisórias - propostas até dois anos após o trânsito em julgado de um processo - com base na prescrição. "Desde 1995 a jurisprudência do STJ já é pacífica no sentido de conferir os dez anos de prazo aos contribuintes", afirma Gomes.

O Corte ficou dividida entre as duas posições. A ministra Ellen Gracie, relatora do processo, votou pela impossibilidade de retroatividade da lei. "A jurisprudência estava consolidada na tese dos cinco mais cinco e a lei só pode ter efeito prospectivo", diz. No entanto, a ministra determinou que o prazo de cinco anos passe a valer 120 dias após a publicação da lei - em junho de 2005, portanto.

"No Brasil, o pagamento errado de tributos é exceção. O que acontece normalmente é a sonegação", afirma Peluso. Para o ministro, na prática, a decisão pela inconstitucionalidade da aplicação retroativa da LC 118 não vai causar problemas ao erário. Os ministros Ricardo Lewandovski, Carlos Britto e Celso de Mello compartilharam do mesmo entendimento.

Já no entendimento do ministro Março Aurélio - que foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Dias Toffoli -, apesar das decisões anteriores do STJ, o prazo correto sempre foi o de cinco anos previsto pelo Código Tributário Nacional, pois está embasado no tratamento igualitário entre contribuinte e Fisco, já que esse último tem cinco anos para ajuizar uma ação de cobrança

Autor: Valor Econômico
 
Postado dia 06.05.2010

5/01/2010

The Bitter Pills in the Plan to Rescue Greece

ATHENS — Racing to secure financial aid and avoid a debt default, the Greek government has agreed to austerity measures totaling 24 billion euros (about $32 billion) that will include cutting some workers’ pay and some public sector jobs as well as opening up parts of the economy, Greek officials said Friday.
Times Topic: Greece

Europe Acts Swiftly on Long-Delayed Greek Bailout (April 30, 2010)

John Kolesidis/Reuters

Teachers' union members at a rally this week in Athens. Their banner reads “for the education, for Greece.” Unions have denounced cost-cutting measures and pledged rallies and a strike.

A letter of intent with the International Monetary Fund was mostly complete, according to one government official, who declined to be identified because of the confidential nature of the discussions. A deal could be announced by Sunday, this official said.

As unions denounced the cost-cutting measures and pledged to take to the streets over the weekend and go on strike on Wednesday, Prime Minister George Papandreou said Greece must quickly adopt the international aid plan. “Today, the top priority is the survival of the nation,” he told Parliament on Friday. “This is the red line.”

The euro gained against the dollar for a third day, rising to $1.3312, as fears that Greece’s turmoil could spread in Europe were surpassed by relief that a bailout was imminent.

The details of the plan have been settled in negotiations here with officials of the European Union, the I.M.F. and the European Central Bank. Greek officials close to the discussions said the deal would include as much as 130 billion euros in aid over the next three years at reasonable interest rates. In return, the I.M.F. asked Greece to cut public sector spending by 8 billion euros in the 14 months after the plan was adopted. Economists called that provision crucial because past reform programs by the government have relied too much on overly optimistic assumptions about the collection of unpaid taxes.

Union and government officials said Greece had also pledged to raise its value-added tax to 25 percent, to freeze civil servants’ wages and to eliminate public sector bonuses amounting to two months’ pay. They said the government intended to increase taxes on fuel, tobacco and alcohol.

Among the most significant features of the plan, a Greek government official said, would be a measure making it easier for the government to lay off some of the many thousands of public sector workers, whose low levels of productivity and high wages are a big contributor to Greece’s debt problem. Until now, the government has not been able to lay off civil servants, whose employment rights are in effect constitutionally guaranteed.

Another reform high on the list is removing the state from the marketplace in crucial sectors like health care, transportation and energy and allowing private investment. Economists say that the liberalization of trucking routes — where a trucking license can cost up to $90,000 — and the health care industry would help bring down prices in these areas, which are among the highest in Europe.

Some analysts fear the austerity measures could push Greece into a deeper and prolonged recession and spur widespread social unrest.

But Yiannis Stournaras, a leading economist and former economic adviser to the ruling socialist party, said a majority of Greeks had lost the will to rebel. After years of profligate spending, he argued, Greece is being forced to make changes that would improve its competitiveness in the longer term.

“In any other situation the reaction would be fierce, but while the Greek people are angry, there will not be a widespread revolt because they realize that the alternative is for the country to go bankrupt. We have no other choice.”

As Greek television stations reported on the aid plan, European leaders sought to reassure jittery markets, dismissing calls by some economists for Greece to restructure its debt.

Amadeu Altafaj, a spokesman for Olli Rehn, the European Union’s monetary affairs commissioner, said European officials were engaged in what he described as “fire brigading” to ensure stability “on the Greek front.” There would be “no restructuring of the debt,” he said. That’s “not even part of the debate in Athens.”

He insisted that no discussions were taking place about whether other euro zone countries could have access to similar financial aid if needed. In recent days debt markets have come under pressure in Portugal and Spain.

Meanwhile on Friday in Germany, where the government has equivocated for months, the finance minister, Wolfgang Schäuble, reiterated a pledge to take swift action to help Greece. Chancellor Angela Merkel faces a regional election in the country’s most populous state, North Rhine Westphalia, on May 9. But Mr. Schäuble, apparently alluding to what was at stake for the euro zone, indicated it was important to maintain the stability of the euro.

“Germany will take a major part in coming to the assistance of Greece,” he said. “Opposition groups will not block this. Given the mood in the public in Germany, everyone in politics knows that not being helpful is not a good argument to win regional elections.”

In Athens, where the prospect of a rescue has been greeted with a mix of relief and wounded pride, central bank data showed that business and household deposits at Greek banks fell for a third month in March, bringing total losses in the first quarter to 10.6 billion euros. Moody’s Investors Service downgraded its credit ratings on nine Greek banks on Friday.

Platon Monokroussos, an economist at EFG Eurobank, the nation’s second-largest bank after the National Bank of Greece, said speculation that austerity measures would include new taxes on savings had caused some wealthy Greeks to move their funds to foreign banks and Cypriot units of Greek banks. But he said he expected the rescue package to calm fears and prevent a flight of funds.

Earlier in the week, the finance minister, George Papaconstantinou, told Mega TV that the Greek government had pledged to guarantee deposits at banks. But some businesspeople said the credit squeeze was growing worse.

Konstantinos Michalos, president of the Athens Chamber of Commerce and the owner of a company exporting latex products, said businesses were being deprived of much-needed liquidity.

He said his group’s members were complaining that some foreign banks were refusing to accept credit guarantees from Greek banks, citing the economic instability. As more Greeks in rural areas took their deposits out of banks and put their savings under their mattresses, he said, home burglaries were on the rise. Despite all the financial concerns, many Greeks insisted that fears of economic collapse were exaggerated.

Yiannis Batsos, 37, a lawyer, said he would not shift his money elsewhere in Europe. “If people take their money out of banks, this will only make things worse,” he said on a bustling street in central Athens, where dozens of Greeks sipped cappuccinos, seemingly unperturbed by the economic crisis. “We Greeks are not the only ones in Europe who are in this mess.”

Dan Bilefsky reported from Athens and Landon Thomas Jr. from London. Stelios Bouras contributed reporting from Athens, James Kanter from Brussels and John Vinocur from Berlin.

Fonte/ Source: The New York Times
 
Postado/ Posted em 01.05.2010
Minha foto
Advogada, especialista em Direito Tributário, Societário/ Empresarial e Internacional.
 

Thinking

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.
Friedrich Nietzsche

There are no eternal facts, as there are no absolute truths.
Friedrich Nietzsche

No hay hechos eternos, ya que no hay verdades absolutas
Friedrich Nietzsche

Il n'ya pas de faits éternels, car il n'ya pas de vérités absolues
Friedrich Nietzsche

Tutto è divinuto. Non ci sono fatti etterni, cosi come non ci sono verità assolute”
Friedrich Nietzsche

Es gibt keine ewigen Tatsachen, da es keine absoluten Wahrheiten sind
Friedrich Nietzsche


ليست هناك حقائق أبدية ، كما لا توجد حقائق مطلقة
Friedrich Nietzsche

沒有永恆的事實,因為沒有絕對的真理
Friedrich Nietzsche

が存在しない絶対的な真理がない永遠の事実です
Friedrich Nietzsche

कोई शाश्वत तथ्य हैं, के रूप में कोई पूर्ण सत्य है.
Friedrich Nietzsche
VECCHETE Copyright © 2009 Template Designed by LucasVecchete